Gosto de literatura e fotografia. Então, mantenho dois blogs: "LUGARES" - dedicado à fotografia com relatos de viagens, experiências, informações e dicas aos marinheiros que se aventuram em "mares nunca dantes navegados" e "NOTAS DO SUBSOLO" , um caderno virtual dedicado à literatura. Espero que gostem.



23 de jan. de 2010

PHOTOSHOP 6

Amigo Marco Aurélio em lápis de cor...
Amigo Allan em grafite

PHOTOSHOP 5

Panoramica de minha sacada. Superposição de 8 fotos

PHOTOSHOP 4


Thais efeito arestas brilhantes...

PHOTOSHOP 3


Um pato onde não havia...

PHOTOSHOP 2


Efeito Andy Warhol em minha amiga LICA...

19 de jan. de 2010

15 de jan. de 2010

Uma moto diferente que já havia visto na Itália.


VITRINE


Janelas de Budapeste


Sorvetes em forma de rosa. Lindos e deliciosos...


Páprika obrigatória nos pratos tradicionais...


MERCADO CENTRAL

NAGY  VÁSÁRCSARNOK
O mercado Central de Budapeste. No primeiro piso, Verduras, frutas, condimentos como a páprica, muita carne de porco e embutidos, que não podem faltar nos típicos pratos húngaros. No segundo andar, artesanato local e uma praça de alimentação bem variada, que atende a turistas e moradores.






MONUMENTO AO HOLOCAUSTO



A Sinagoga de Budapeste é consideradada a maior da Europa e a segunda do mundo.O que impressiona é esta escultura -MONUMENTO AO HOLOCAUSTO -um chorão, à escala real, de autoria de ImreVarga, em que as folhas, em prata, têm gravadas,os nomes de cada um dos 550 mil judeus húnaros assassinados nos campos de concentração nazis.

SINAGOGA


BUDAPESTE


SANDOR PETOFI



Considerado o maio poeta revolucionário da Hungria, Sandor Petofi, tem sua estátua na praça Vorosmarty. Seus poemas fizeram estalar a revolução maior contra a opressão absburga, em 1848.
Em Budapeste a primeira coisa que descobrimos ao chegar ao apartamento que alugamos é que nele havia morado, de 1848 a 1849, um dos mais conhecidos e amados poetas romanticos húngaros. Na porta de entrada do prédio há esta placa em mármore em sua homenagem, e colado ao lado da porta de entrada do apartamento um desenho do poeta . Mas isto, neste país não causa admiração. Por onde se ande, em cada esquina há sempre placas explicando que ali, nasceu ou morreu alguém significativo para a história do povo húngaro.



Quase dez horas de voo para se chegar à Lisboa. A viagem foi cansativa, mas boa. Consegui dormir quase toda a noite já preparando a passagem do fuso horário, que para Lisboa são de quatro horas, e Budapeste, cinco. Após o jantar, assisti ao último filme de Clint Eastwood "Gran Torino", a alguns episódios hilários de Two and a Half Man", seriado antigo da Sony, continuei a leitura do depressivo "O Homem Comum".
Sentados nos assentos em frente, um jovem casal. Ela brasileira, ele norte americano. Bobamente apaixonados. Redundância. Riem de nada. Com a boca e os olhos. Fase leve, que com o tempo, inexorávelmente, dará lugar ao desbotado, morno. É muito ruim a gente se acostumar a uma pessoa ou uma situação. A tendência é desvalorizar. O hábito nos afasta da 'tensão' própria da fase inicial dos relacionamento. Nos faz preguiçosos, relapsos. Para continuar é preciso buscar sempre um novo olhar, reinventado.
O aeroporto de Lisboa nos surpreendeu pela bagunça e falta de estrutura. Estaria sendo injusta se comparasse dizendo 'parece no Brasil'. Estamos muito bem servidos e melhorando sempre estes serviços e quando se sai do país se percebe o quanto! A fila de entrada, no serviço de imigração era quilométrica e nela permaneci quase uma hora. Para entrar em Lisboa! e isso que era só para fazer o voo de conexão para Budapeste...nem iríamos permanecer em Portugal. Durante o tempo de permanência notei algumas meninas e uma senhora com uma criança de colo sendo interrogadas por policiais por não possuirem as 'condições' de entrada. Portugal é mesmo a porta de entrada da Europa e dos países do Mercado Comum Europeu. Vêm em busca de trabalho, entram com visto de turista e depois ficam na clandestinidade.

PRIMEIRO DIA




A viagem começa na manhã do dia 15 de maio. De Porto Alegre, por um voo da TAM, que em parceria com a TAP nos levará à Budapeste, onde deveremos desembarcar na manhã do dia 16. No momento estou no aeroporto, em São Paulo, a espera do voo para Lisboa e de lá para Hungria. Chove. Acho que é hora de puxar meus livros, companheiros de viagem. Trouxe o HOMEM COMUM, do Roth e o PÊNDULO DO RELÓGIO, do mestre kiefer, que relançou no último dia 8, lá na Palavraria. Antes, olho para os lados procurando inspiração para os escritos que pretendo trazer na bagagem. O portão de embarque está praticamente vazio. Noto dois orientais, acredito chineses, sentados mais ao longe. Busco meus olhos de ver. Eles tiraram os sapatos e estão sentados sobre as pernas. Conversam um pouco e depois silenciam. Observo que vestem ternos pretos, iguais. Um deles segura os pés com uma das mãos, massageando-os. Com a outra, escora a cabeça, fecha os olhos e dorme. O segundo mantém atenção nos aviões que chegam.

HUNGRIA/SLOVÊNIA/CROÁCIA/LITUÂNIA/ESTÔNIA/LETÔNIA

PORTO ALEGRE/ BUDAPESTE
>>>>>>>>>>>>>>>
Desde 1973 viajo. Era muito jovem quando fui para a Bélgica/Louvain-la-Neuve fazer o"épreuve préparatoire au doctorat" em Comunicação Social. Lá permaneci dois anos. Descobri que que o mundo é muito menor do que se pensa e não parei mais. Com esta viagem, que aqui documento, completarei visita a 56 países. Ainda é pouco, mas o suficiente para me fazer crer que as pessoas, por mais diferente que sejam as culturas, sofrem das mesmas dores. O ser humano é único e não me canso de admirá-lo, descobri-lo.

Placas com Pedidos - Tóquio/Japão





LAS AGUAS





13 de jan. de 2010

Casa Pueblo


CEREMONIA DEL SOL


Texto: Carlos Páez Vilaró
Realizada todos finais de tarde em Casa Pueblo, Punta Ballena, Uruguay
Hola Sol …! Otra vez sin anunciarte llegas a visitarnos. Otra vez en tu larga caminata desde el comienzo de la vida.
Hola Sol…! Con tu panza cargada de oro hirviendo para repartirlo generoso por villas y caseríos, capillas campesinas, valles, bosques, ríos o pueblitos olvidados.
Hola Sol…! Nadie ignora que perteneces a todos, pero que prefieres dar tu calor a los más necesitados, los que precisan de tu luz para iluminar sus casitas de chapa, los que reciben de tí la energía para afrontar el trabajo, los que piden a Dios que nunca les faltes, para enriquecer sus plantíos, y lograr sus cosechas. Es que vos, Sol, sos el pan dorado de la mesa de los pobres.
Desde mis terrazas te veo llegar cada tarde como un aro de fuego rodando a través de los años, puntual, infaltable, animando mi filosofía desde el día que soñé con levantar Casapueblo y puse entre las rocas mi primer ladrillo.
Recuerdo que era un día inflamado de tormenta, el mar había sustituido el azul por un color grisáceo empavonado, en el horizonte un velero escorado afinaba el rumbo para saltear la tempestad, el cielo se llenaba de graznidos de cuervos en huida, la sierra se peinaba con la ventolera alborotando a la comadreja y al conejo.Pero de golpe como un anuncio sobrenatural el cielo se perforó y apareciste vos. Eras un sol nítido y redondo, perfecto y delineado, puesto sobre el escenario de mi iniciación con la fuerza sagrada de un vitreaux de iglesia.
Desde ese instante sentí que Dios habitaba en ti, que en tu fragua derretía la fe y que por medio de tus rayos la transmitía por todos los sitios donde transitabas. Los mismos brazos de oro que al desperezarte iluminan el cielo, al estirarse a los costados entibian las sierras, o apuntando hacia abajo laminan el mar.
Hola Sol…! Cómo me gustaría haber compartido tu largo trayecto regalando luz, porque a tu paso acariciaste la vida de mil pueblos, compartiste sus alegrías y tristezas, conociste la guerra y la paz, impulsaste la oración y el trabajo, acompañaste la libertad e hiciste menos dura la oscuridad de los presidios.A tu paso sol, se adormecen los lagartos, despiertan los girasoles y los gallos cacarean. Se relamen los gatos vagabundos, los perros guitarrean, y el topo se encandila al salir de la cueva. A tu paso sol, hay sudor en la frente del obrero y en los cuerpos de las mujeres cobrizas que alcanzan el cántaro de la favela. Con tus latidos conmueves el mar, das música a la siembra, la usina y el mercado. A tu paso corrieron en estampida búfalos y antílopes, desperezó el león, se asombró la jirafa, se deslizó la serpiente y voló la mariposa. A tu paso cantó la calandria, despegó el aguilucho, despertó el murciélago y emigró el albatros.Hola Sol…! Gracias por volver a animar mi vida de artista. Porque hiciste menos sola mi soledad. Es que me he acostumbrado a tu compañía y si no te tengo, te busco por donde quiera que estés. Por eso te reencontré en la Polinesia, cuando te coronaron rey de los archipiélagos de nácar y los arrecifes dentellados de coral, o también en Africa, cuando dabas impulso a sus revoluciones libertarias y te reflejabas en el espejo de sus escudos tribales para inyectarles coraje. Te estoy mirando y veo que no has cambiado, que sos el mismo sol que reverenciaron los aztecas, el mismo de mi peregrinaje pintando por América, el que envolvió la Amazonia misteriosa y secreta, el que me alumbró los caminos al Machupichu sagrado del Perú, el de los valles patagónicos o los territorios del Sioux o del comanche. El mismo sol que me llevó a Borneo, Sumatra, Bali, las islas musicales o los quemantes arenales del Sahara.A diferencia del relámpago que apenas proyecta en la noche latigazos de luz, desde tu reinado planetario, tus destellos continúan activos, permanentes. Alguna vez la travesura de las nubes oculta tu esplendor, pero cuando ello ocurre, sabemos que estás ahí, jugando a las escondidas.Otras veces, en cambio, te vemos sonreír cuando las golondrinas o las gaviotas te usan de papel para escribir las frases de su vuelo.
Gracias Sol, por invadir la intimidad de mi atardecer y zambullirte en mis aguas. Ahora serás la luz de los peces y su secreto universo submarino. También de los fantasmas que habitan en el vientre de los barcos hundidos en trágicos naufragios.
Gracias Sol…! Por regalarnos esta ceremonia amarilla. Gracias por dejar mis paredes blancas impregnadas de tu fosforescencia.Entre ventoleras y borrascas, cruzando ciclones y tempestades, lluvias o tornados, pudiste llegar hasta aquí para irte silenciosamente frente a nuestros ojos.Porque tu misión es partir a iluminar otros sitios. Labradores, estibadores, pescadores te esperan en otras regiones donde la noche desaparecerá con tu llegada.Y como respondiendo a un timbre mágico despertarás las ciudades, irás junto a los niños a la escuela, pondrás en vuelo la felicidad de los pájaros, llamarás a misa.A tu llegada, se animará el andamio con sus obreros, cantarán los pregoneros en las ferias, la orilla del río se llenará de lavanderas y entrará la alegría por la banderola de los hospitales.
Chau Sol…! Cuando en un instante te vayas del todo, morirá la tarde. La nostalgia se apoderará de mí y la oscuridad entrará en Casapueblo. La oscuridad, con su apetito insaciable penetrando por debajo de mis puertas, a través de las ventanas o por cuanta rendija encuentre para filtrarse en mi atelier, abriéndole cancha a las mariposas nocturnas.
Chau Sol…! Te quiero mucho…Cuando era niño quería alcanzarte con mi barrilete. Ahora que soy viejo, sólo me resigno a saludarte mientras la tarde bosteza por tu boca de mimbre.
Chau Sol…! Gracias por provocarnos una lágrima, al pensar que iluminaste también la vida de nuestros abuelos, de nuestros padres y la de todos los seres queridos que ya no están junto a nosotros, pero que te siguen disfrutando desde otra altura.
Adiós Sol…! Mañana te espero otra vez. Casapueblo es tu casa, por eso todos la llaman la casa del sol. El sol de mi vida de artista. El sol de mi soledad. Es que me siento millonario en soles, que guardo en la alcancía del horizonte.