A viagem começa na manhã do dia 15 de maio. De Porto Alegre, por um voo da TAM, que em parceria com a TAP nos levará à Budapeste, onde deveremos desembarcar na manhã do dia 16. No momento estou no aeroporto, em São Paulo, a espera do voo para Lisboa e de lá para Hungria. Chove. Acho que é hora de puxar meus livros, companheiros de viagem. Trouxe o HOMEM COMUM, do Roth e o PÊNDULO DO RELÓGIO, do mestre kiefer, que relançou no último dia 8, lá na Palavraria. Antes, olho para os lados procurando inspiração para os escritos que pretendo trazer na bagagem. O portão de embarque está praticamente vazio. Noto dois orientais, acredito chineses, sentados mais ao longe. Busco meus olhos de ver. Eles tiraram os sapatos e estão sentados sobre as pernas. Conversam um pouco e depois silenciam. Observo que vestem ternos pretos, iguais. Um deles segura os pés com uma das mãos, massageando-os. Com a outra, escora a cabeça, fecha os olhos e dorme. O segundo mantém atenção nos aviões que chegam.
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